domingo, 9 de novembro de 2008

novembro já

[Santuário de Santo Antônio. Vitória-ES. Out 2008. Foto Gaia]
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"E por falar em saudade,
Onde anda você,
Onde anda seus olhos que a gente não vê"
["Onde anda você", Vinícius de Moraes]
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Porque o céu daqui chega até lá...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

home sweet home...

[caranguejada na casa do Lhéo. Vix-ES. Set 2008. Foto: Gaia]
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"Voltar quase sempre é partir
Para um outro lugar..."
["Samba do Amor", Paulinho da Viola]

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Porque é bom se sentir em casa de novo!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

pedra

[pedra e fluxo. edifício no Campo Grande. Salvador-BA. 2007. Foto: Gaia]
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"A geografia da cidade moderna assim como a tecnologia mais avançada põem em relevo problemas já estratificados na sociedade ocidental, ao imaginar espalos alternativos em que um corpo humano poderia estar atento a outros. A tela do computador, os bairros isolados da periferia são consequencias espaciais de problemas que até então insolúveis nas ruas, quarteirões, igrejas e auditórios, em casas e pátios, locais de aglomeração - velhas construções de pedra que ainda forçavam as pessoas a se tocarem, mas que se demontraram inúteis quando se tratou de despertar a atenção prometida pela gravura de Hogarth à carne".
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"Em meio a muitas revisões que a morte impõe à mente dos que sobrevivem, e particularmente a forma de sua morte, me fizeram pensar sobre a observação de Wittgenstein, contestadora da importância que os espaços construídos têm para os corpos em sofrimento. 'Por conhecermos o lugar da dor', pergunta Wittegenstein, 'podemos situá-la no espaço, definir a que distância das paredes e do chão da sala ela se manifesta?... "
[Richard Sennett, Carne e Pedra: O corpo e a cidade na civilização ocidental, 1994]
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Entre carne, pedra e fluxos ando por aí tentando achar a alma...

terça-feira, 8 de abril de 2008

pele

[mascarados de Roda D'Água. Cariacica-ES. Março, 2008. Foto: Gaia]
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"À propósito da pele - fronteira última e primeira - é a única que não podemos transpor. Ela é a maior fronteira que pode existir porque esta não podemos absolutamente cruzá-la. Podemos ultrapassar-nos, mas não ultrapassamo-nos. A pele contêm-nos de tal modo que é a partir dela que começamos a existir. É ela que nos denota e nos contorna, é através desta fronteira de carne e pêlos que nos recortamos das paisagens, evidenciando nossa presença no mundo. Assim penso, portanto, que os corpos desenham as cidades, são eles que as revelam e as tornam vivas, múltiplas, imprecisas. Os corpos desnorteiam a urbe. Transformam as cidades em ideias incapturáveis, porque as tornam móveis, as tornam muitas. "

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Porque o carnaval de congo de Roda D'água não me sai da cabeça... em breve escrevo sobre isso... tá em gestação...

domingo, 6 de abril de 2008

1969

[Beatles tocando no telhado da Apple 1969. ICBA, Salvador-BA. Abril 2008. Foto: Gaia]

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"- Filho ou marido?

- Filho.

- Marido ou família?

- Ãhn?

- Família dessas normais que apesar de tudo sempre te apóia. E marido que não quer saber do seu filho...

- Família, claro.

- Família né?

- É.

- Então tá.

(....)


- É, acho que também escolheria família.

- Porque marido você arruma outro!

- É? Eu ia falar que marido um dia te larga! rs!

- Não... você arruma outro.

- Um dia ainda penso assim!"

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"all I want is you
Everything has got to bejust like you want it to "

[Beatles]

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Porque hoje os Beatles tocaram no telhado do ICBA depois de um diálogo esquisito com uma moça que me parou no corredor!

Porque os Irmão da bailarina tocaram um rockprogressivopóspunk cheio de Radiohead, Nirvana, e otras cositas mas!

Porque foi um dia bom!



quinta-feira, 3 de abril de 2008

Penha

[Procissão. Banda de Congo Unidos de Boa Vista. Roda D'Água, Cariacica-ES. Março 2008. Foto: Gaia]
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"Iáiá você vai a Penha?
Me leva ô, me leva"
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Festa da Penha, 31 de março de 2008.
Porque quem não pode ir ao convento inventa uma forma de trazaer o convento pra perto. Coloca roupa de festa, costurada com o maior capricho, segura o instrumento com gosto e sai de casa para cumprir sua obrigação. Suja os pés de lama e sem escorregar prossegue seu canto. Porque é bonito ver isso de perto. É mais bonito fazer parte disso...É bonito voltar pra casa para ver isso. E é mais bonito ainda levar isso junto na hora de ir embora..
"me leva ô, me leva..."
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terça-feira, 11 de março de 2008

festa

[queridos! Salvador-BA. 10 de Março de 2008. Foto: lili]
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"Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive."
["Procura-se um amigo" Vinicius de Moraes]
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Texto ja conhecido do Vinicius, mas hoje não poderia postar outra coisa!
Porque ontem foi dia de festas e eles todos (presentes e não presentes) estiveram aqui comigo.
Dia de sol, mar, ilha, papo e por do sol!
Noite de crepe, sushi, livros, chocolates, cerveja, vela, papo e sorrisos!
Perfeitamente perfeitinho!
Amo

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

zero um

[Zero um bar. Recife-PE. Set 2007. Foto: Gaia]
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moinho de versos
movido a vento
em noites de boemia
vai vir o dia
quando tudo que eu diga
seja poesia
[Leminski]
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um brinde à poesia e um brinde à boemia porque hoje é lua cheia!
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domingo, 17 de fevereiro de 2008

maré

[maré cheia! Porto de Galinhas-PE. Fev 2008. Foto: Gaia]
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“Você nota que apesar do seu mal estar é notável o seu viço. E, novamente, você conjectura: sabe-se lá se ela vai conseguir desta vez. Isso nem ela sabe. Só o que sabe é que esta é a única chance de criar, para os afetos daquele encontro, um plano de consistência que lhe permita expandir e irrigar sua existência –não só amorosa. Sabe também que, mesmo que consiga criar esse plano, isso não significa que finalmente terá encontrado sossego. Seu corpo sempre estará fazendo novos encontros, novos afetos estarão sempre surgindo e, mais cedo ou mais tarde, o plano, feito dos afetos do encontro atual, não funcionará mais como campo magnético, gerador de força para a vida. E quando isso acontecer, o plano simplesmente, terá perdido razão de ser. Ele terá gorado e ela de novo estará sendo arrastada para outro lugar. Desensimesmada, dessubjetivada, desterritorializada. À procura, mais uma vez, de matéria de expressão por meio da qual existir.”
[ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. –Porto Alegre: Sulinas; Editora da UFRGS, 2007]
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Porque já é quase março... Hora de refazer os planos. Amarrar alguns fios, tecer novas estradas, acalmar o coração e contruir novos territórios. Feliz, sempre feliz!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

quarta-feira de cinzas...

[carnaval. Fev 2008. Recife. Foto: Gaia]
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"Pra tudo se acabar na quarta-feira..."

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Porque não vai acabar na quarta-feira não! Não vai acabar nunca mais... Ficará pra sempre comigo. Amo!


Sobre viagens, Ulisses e Penélopes...

[moça partindo ou chegando... Aeroporto de Recife. Fev 2008. Foto: Gaia]
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"Na verdade, em suas viagens, Ulissses nunca se desterritorializa: é sempre e somente na secreta terra firme que feita do incessante lamento de Penélope que ele caminha... Penélope e Ulisses somos todos -em diferentes matizes, a cada momento....
...Na verdade, o que não suportamos é a estridência desses sons inarticulados. É o 'nada mais daquilo tudo'. O que não suportamos é que somos um pouco Penélopes, um pouco Ulisses, um pouco máqunias celibatárias, um pouco replicantes... e um pouco nada mais daquilo tudo.
E no entanto, nos momentos em que, desavisados, conseguimos suportá-lo, descobrimos com certo alívio que, do convívio desencontrado dessas figuras, destila-se já uma nova suavidade."
["Uma nova suavidade?" Félix Guattari - Suely Rolnik. Micropolítica - Cartografias do Desejo]

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Volto mais uma vez... partindo e re-partindo pedaços de mim por aí... Penso na vida, espero o vôo e deparo-me com Penélope e Ulisses no aeroporto. Tinha esquecido suas histórias. Na verdade nem sei se um dia soube delas... Mas Penélope vivia a tecer a espera de Ulisses que vivia a viajar. Ela tem medo de partir, ele tem medo de ficar, mas ainda assim, isso é o que os mantém. A certeza da volta dele, a certeza da espera dela... Alguns vôos decolam, outros aterrissam, e de repente eu já não sei mais... "Penélope e Ulisses somos todos nós". Penso o que ela quis dizer com isso e não consigo mais reponder se Penélope ou Ulisses... Mais pra Ulisses com ataques de Penélope talvez... Ou uma Penélope querendo ser Ulisses... talvez seja só uma fraqueza que passa. Talvez seja a incerteza da nova suaviade... aparentemente tão distante ainda que desejada... Hora do embarque. Decolar mais uma vez. Levantar voô. Talvez encontre na imensidão do céu um lugar, um intermezzo onde possam ter um final feliz todos os Ulisses e Penélopes...

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"foi a saudade que me trouxe pelo braço..."

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

borboleteando...

[borboletando... Desenho meu perdido no computador daqui de casa. Vitória. 2006]
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Férias em casa... Revirar o baú de coisas esquecidas.
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Borboletas na alma... Feliz, muito feliz por voltar. Feliz, muito feliz por partir novamente. Feliz, muito feliz por poder ir e vir sempre e ser sempre bem-vinda.
Amo!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

2008

[amigos felizes! Vitória-ES. Dez2007/Jan2008. Foto: Gaia]
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tim tim!